Mulheres imigrantes e em situação de vulnerabilidade social moradoras de Araguaína estão participando da 3ª edição do projeto Reinventar, que tem o objetivo de fortalecer o protagonismo feminino no mercado de trabalho por meio da disponibilização dos cursos de Assistente Administrativo e Instalação Hidráulica, além de uma ajuda humanitária mensal.
A ação tem o apoio da Prefeitura de Araguaína, que mobilizou as mulheres para participar, é patrocinada pela BRK e realizada pela Fox Time em parceria com Senai e Senac.
Iraci Carvalho é uma das alunas matriculadas. Ela frequenta o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do Cidade Nova há mais de um ano, é mãe de seis filhos, recebe auxílio do Governo Federal e, para manter a despesa da casa, faz faxinas sempre que surge a oportunidade.
Para ela, participar do projeto significa estar um passo mais perto de alcançar os seus objetivos. “É uma grande oportunidade de ter mais cursos e, quando eu concluir, espero poder trabalhar e aumentar a minha renda”, contou Iraci.
Cidade acolhedora
Das 20 mulheres matriculadas, 12 são imigrantes venezuelanas e cubanas. Dentre elas está Surmaily Rodriguez, que há um ano e quatro meses mudou-se para o Brasil. “Eu e meu esposo saímos em busca de emprego, fomos para Boa Vista, mas lá ele não encontrou trabalho. Aqui ele conseguiu um emprego e também estou estudando o idioma”, contou a imigrante.
A maioria das alunas do curso são atendidas pela Prefeitura de Araguaína por meio de outros programas assistenciais e ações de políticas públicas, que têm o intuito de melhorar a qualidade de vida das mulheres. "Um dos objetivos das ações da Assistência Social é fomentar a autonomia das pessoas e com esse projeto sabemos que isso é possível. É uma porta que se abre para uma vida mais digna”, disse a diretora de Políticas Públicas, Rhaíssa da Rosa.
Protagonismo feminino
O evento para celebrar o início das aulas da 3ª edição do Projeto Reiventar foi realizado na noite da última quinta-feira, 8, no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Segundo a secretária Especial da Mulher de Araguaína, Ângela Maria Silva, o projeto está atrelado a uma das pautas defendidas pela nova pasta: maior atuação feminina no mercado de trabalho. “É importante termos essa visão para promoção e empoderamento das mulheres por meio da educação e da economia, porque o conhecimento enriquece e o trabalho gera independência”, afirmou a secretária Ângela.
Ajuda humanitária
As participantes recebem uma ajuda humanitária mensal de R$ 600,00 vinculada à frequência e ao desempenho nos estudos, além de um tablet e internet para permitir o acesso às aulas durante o curso.
Todas que estão matriculadas farão as duas qualificações, cada uma com 160 horas de duração. As aulas começaram pelo curso de Assistente Administrativo e em seguida elas aprenderão sobre Instalação Hidráulica.
“A intenção aqui é preparar essas mulheres para que elas possam exercer funções administrativas e também em campo. O mercado de instalação hidráulica é composto por muitos homens e para poder quebrar esse paradigma e conseguirmos inserir essas mulheres estamos oferecendo essa qualificação com a ajuda de custo”, explicou o Coordenador de Operações, Rafael Campelo.
Unidos pelo mesmo propósito
O evento da aula inaugural foi conduzido pela representante da Fox Time, Nathália Nunes, que agradeceu o apoio da Prefeitura e ressaltou a importância da união entre o Município e a iniciativa privada para o desenvolvimento de ações de políticas públicas.
“Ficamos mais felizes ainda por termos o apoio do poder público, porque nós somos como um corpo e cada um tem a sua função e a sua importância. A gente precisa um do outro, então eu agradeço muito essa parceria”, agradeceu Nathália.
(Por Giovanna Hermice | Fotos: Marcos Filho Sandes / Secom Araguaína)
“É importante termos essa visão para promoção e empoderamento das mulheres por meio da educação e da economia, porque o conhecimento enriquece e o trabalho gera independência”, afirmou a secretária Especial da Mulher de Araguaína, Ângela Maria
Das 20 mulheres matriculadas, 12 delas são imigrantes venezuelanas e cubanas. Dentre elas está a Surmaily Rodriguez, que há um ano e quatro meses mudou-se para o Brasil
"Um dos objetivos das ações da Assistência Social é fomentar a autonomia das pessoas e com esse projeto sabemos que isso é possível. É uma porta que se abre para uma vida mais digna”, disse a Diretora de Políticas Públicas, Rhaíssa da Rosa