“Mudou tudo na minha vida”, disse o estudante Marcos Welves que, desde 2016, é assistido pelo CAPS Infantil (Centro de Atenção Psicossocial) de Araguaína, órgão que passou para administração da Prefeitura de Araguaína há um ano. O jovem de 15 anos vive com sequelas neurológicas, condição de saúde que adquiriu durante o seu nascimento.
Marcos é morador de Riachinho (TO) e há cada 15 dias percorre mais 90 km, acompanhado do pai e lavrador, Osmar da Silva, para ter acesso aos serviços. O transporte é cedido pela Secretaria Municipal da Saúde de Riachinho. “Recebemos um encaminhamento médico para cá e o resultado está sendo muito bom, pois ele tem um acompanhamento completo”, contou Osmar.
No CAPS Infantil são oferecidos aos pacientes acolhimentos e consultas com médicos psiquiatras, psicólogos, além de oficinas terapêuticas e pedagógicas em grupo e individual para auxiliar no desenvolvimento cognitivo.
O suporte recebido está sendo importante para a saúde do jovem Marcos Welves. “Aqui eu consegui meu benefício, parei de tomar remédio controlado e melhorou os meus estudos. Todo mundo é profissional e atende a gente muito bem”, contou.
A importância da regularidade no tratamento
A história de superação de Marcos é motivo de orgulho para os servidores que acompanharam o progresso do tratamento. Segundo a técnica administrativa do CAPS Infantil, Francisca Daniela Alves, manter a regularidade é fundamental para o sucesso. “Ficamos satisfeitos, porque o pai nunca abandonou o tratamento, sempre seguindo e trazendo o seu filho, que hoje tem mais qualidade de vida”, contou.
Mais exemplos de sucesso
José Kallyson Rodrigues, de 11 anos, recebe atendimentos com a psicopedagoga no CAPS há sete meses. Segundo a mãe, ele evoluiu socialmente e no processo de aprendizagem. “Na escola, nos indicaram um atendimento especial, porque o desenvolvimento dele não é como o dos coleguinhas. E senti muita diferença, ele está mais descontraído e focado. Até os professores já elogiaram”, afirmou a mãe e dona de casa, Andréia Rodrigues.
A pedagoga Solange Barbosa trabalha há 13 anos no CAPS e fala sobre a importância das sessões com atividades psicopedagógicas, que misturam letras, números e dinâmicas para melhorar a capacidade cognitiva. “De uma forma lúdica, conseguimos desenvolver o intelecto, o pensamento e as capacidades criativa e de socialização”, explicou a pedagoga.
Gestão que faz a diferença
A Prefeitura de Araguaína assumiu a administração do CAPS Infantil no final de 2022. Com a gestão municipal, foram contratados mais 10 servidores para o quadro de profissionais, totalizando 28 especialistas, entre médicos, psiquiatras, pedagogos e enfermeiros.
Para o próximo ano, o Município pretende mudar de prédio para otimizar o acolhimento à demanda de pacientes. ”Nossa meta agora é o local de atendimento, precisamos de uma estrutura maior”, contou a coordenadora do órgão, Fabrícia Modesto.
Como ter acesso aos serviços?
Os serviços do CAPS Infantil são de portas abertas e, além dos araguainenses, beneficiam moradores de outros 17 municípios da região médio norte. O público atendido é na faixa etária de 0 a 17 anos, que apresente sofrimento psíquico, transtorno mental grave, persistente ou pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas), além de jovens indígenas e crianças que estão na Casa Lar e Casa de Acolhimento Ana Carolina Tenório.
O serviço é acessado pela comunidade por meio de demanda espontânea, judicial e encaminhamentos das unidades básicas de saúde. O menor de idade só pode iniciar e receber os atendimentos acompanhado dos pais ou responsáveis. Os atendimentos são realizados das 7 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. O Caps Infantil fica localizado na Rua Deusarina Alves, nº 11, no Jardim Filadélfia.
(Por Giovanna Hermice | Fotos: Marcos Filho Sandes / Secom Araguaína)
“Recebemos um encaminhamento médico para cá e o resultado está sendo muito bom, pois ele tem um acompanhamento completo”, contou lavrador Osmar da Silva, pai Marcos Welves, atendido pelo CAPS Infantil
José Kallyson Rodrigues de 11 anos, há sete meses recebe atendimentos com a psicopedagoga no CAPS e, segundo a mãe, ele evoluiu socialmente e no processo de aprendizagem
De acordo com a coordenadora do Caps Infantil, Fabrícia Modesto, a meta para o próximo ano é mudar o local da sede para atender melhor a demanda de pacientes