O público-alvo são alunos na faixa etária de 5 a 14 anos da rede pública de ensino da cidade
Os alunos com idade entre 5 e 14 anos do Colégio Estadual Pré-Universitário, em Araguaína, receberam na manhã de hoje a equipe multiprofissional da saúde municipal para continuidade da Campanha dos 3 Bichos, promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde. Nesta quarta, dia 16, a equipe estará realizando atendimentos na Escola Municipal Luzia Machado, no Centro.
A pesquisa, realizada na rede pública de ensino de Araguaína, tem como objetivos reduzir a carga parasitária de Geo-helmintíases (verminoses), por meio do tratamento preventivo e identificar casos suspeitos de hanseníase por meio do “método do espelho” (preenchimento de formulários), além de realizar uma busca ativa para casos de tuberculose.
O procedimento inicia quando o aluno leva para casa formulários em que o pai assina para autorizar a medicação, caso o filho tenha os sintomas de alguma das três doenças. A medicação da verminose é feita de forma preventiva. Para diminuir as lombrigas, os alunos mastigam um remédio, uma capsula com gosto de banana.
Se o aluno estiver com tosse ou sinais estranhos pelo corpo, ele é examinado por uma equipe formada por médico, enfermeiros e agentes de saúde. Todas as fichas são analisadas pelos profissionais da saúde e, caso haja casos suspeitos, o aluno é encaminhado à unidade básica de saúde para tratamento.
No 6º ano do colégio, apenas um pai de aluno autorizou que ele recebesse a dose do remédio contra Geo-helmintíases, foi o adolescente Luís Henrique Moreira, do 6º ano do Ensino Fundamental. “É a primeira vez que participo e hoje tomei remédio contra verminoses. O meu pai me apoiou por achar bom para a saúde”, disse o estudante.
Resistência
Para a enfermeira responsável pela ação na escola, Marly Aparecida Costa, a campanha é importante para um diagnóstico precoce e deve atender cerca de 11 mil alunos. “Se der alguma alteração, todos são avaliados precocemente, evitando a morbidade ocasionadas pelas doenças, proporcionando um tratamento mais eficaz e evitando até a morte”, afirmou a enfermeira, acrescentando que na manhã desta terça não foram encontrados nenhum caso de tuberculose, porém foram identificados cinco suspeitos de hanseníase.
Ainda segundo a enfermeira Marly, a maior dificuldade é a autorização dos pais, embora eles tenham sido comunicados via bilhetes. “Muitos não entenderam o Termo de Recusa ou assinaram o Termo e os Formulários”, informou a enfermeira coordenadora da ação no colégio. “Pelas regras da campanha, só podemos entregar o remédio ou examinar o aluno se o pai autorizar preenchendo os três formulários”, arrematou.