No evento foram apresentados os serviços ofertados pelo município aos deficientes e ouvidas as demandas da classe
Por Mara Santos
Foto: Marcos Filho/Ascom
O 1º Seminário em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Araguaína aconteceu ontem, 3, no auditório do Senai. O objetivo do evento foi discutir a realidade da classe, apresentando os serviços disponibilizados pelo poder público e conhecendo as dificuldades enfrentadas. O seminário foi aberto ao público em geral e reuniu membros do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), da Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína (ADA), assistentes sociais, estudantes e professores.
“Nos anos anteriores, realizávamos uma caminhada no Centro da cidade, de conscientização sobre os direitos da pessoa com deficiência. Neste ano, decidimos nos reunir para discutir essa realidade, apresentar o que já foi conquistado em relação às políticas públicas de educação, saúde, transporte, moradia e trabalho, além de ouvir os questionamentos e reivindicações deles”, explicou a presidente do CMPD, Nilza Araújo.
A pedagoga Francisca Moura é cadeirante e falou sobre a importância de assegurar a acessibilidade em todos os locais. “A pessoa que anda pode passar em qualquer lugar, quem depende de uma cadeira de rodas, precisa de acesso livre”, destacou.
Direitos garantidos
Os deficientes podem contar com diversos atendimentos ofertados pelo município nas áreas de educação, saúde e assistência social. A média mensal de atendimentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é de 500 pessoas, nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é de 534 atendimentos mensais, na Central de Interpretação de Libras (CIL) é de 20 a 30 atendimentos, no Centro-Dia são 29 atendidos, na Clínica Escola Mundo Autista a média mensal é 318 atendimentos ao mês, o Núcleo de Apoio Pedagógico aos Deficientes Visuais de Araguaína conta com 27 pessoas atendidas.
Atualmente, um total de 561 deficientes estão regularmente matriculados nas escolas das redes municipal e privada, da pré-escola à Educação de Jovens e Adultos (EJA). “O aluno deficiente frequenta o ensino regular, acompanhado de um facilitador conforme sua necessidade, como um intérprete nos casos de alunos surdos. No contraturno eles têm o Ensino Especial, como aulas de Libras ou de Braile”, explicou a diretora de Ensino Especial da Secretaria Municipal de Educação, Ana Paula Sousa.
Está em tramitação o projeto que dispõe sobre a regulamentação municipal do ensino de Libras. “A luta é para que a Língua seja inserida na grade escolar, para facilitar a interação dos alunos deficientes com os demais alunos”, afirmou Nilza Araújo.
A Prefeitura ainda está capacitando os servidores das diversas secretarias em Libras para o atendimento inclusivo em todos os órgãos do Município.