Casa de acolhimento para mulheres com câncer está se transferindo para novo local, em Araguaína, e precisa de doações; com espaço maior, local terá ainda oficinas e dança
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Filho Sandes/Ascom
De acordo com idealizadora do projeto, Fátima Duarte, 62 anos, a nova casa vai triplicar a capacidade de acomodamento, de 10 para até 30 mulheres por vez. “Vamos passar de 5 para 8 quartos, que podem receber até quatro camas. Serão 4 banheiros e 1 lavabo. Já consegui arrumar o telhado, agora estamos correndo atrás de doações para arrumar os cômodos e mobiliar a casa”, relatou.
Para contribuir com doações para equipar as novas instalações, o Lar de Savanna recebe doações pela conta corrente do Banco do Brasil nº 93009-1, agência 638/6. Para mais informações, os doadores podem ligar para os telefones: 99202-4744 (Fátima) e 98138-0098 (Danilo Leite).
O terreno de 1.344 m² possibilitará ainda inclusão de oficinas e atividades recreativas para as mulheres em tratamento, um dos objetivos traçados por Fátima desde o início do projeto, em julho de 2017. “Teremos uma oficina, com máquinas de costura e outros aparelhos. Além de um espaço de cultura e dança. É importante ocupar a mente, senão só se pensa na doença o tempo todo”.
Do luto à luta
A professora Fátima Duarte, 62 anos, transformou em amor e luta o sofrimento e luto pela perda da filha Savanna. Durante os nove meses de tratamento, a filha observava a dificuldade das pessoas carentes que iam ao centro oncológico e aguardavam nas calçadas pelo atendimento. Dizia à mãe que ajudaria aqueles necessitados quando seu tratamento terminasse. Um ano após o falecimento da filha, aos 35 anos, a casa foi inaugurada, em 7 de julho de 2017.
A casa atual é localizada no Setor Brasil de Araguaína e conta com cinco quartos, sala de visitas, cozinha com fogão industrial, banheiros, dispensa e varanda. O espaço também gera empregos, são seguranças, cozinheiras, porteiro e auxiliar de serviços gerais. Acomodando até 10 pacientes por vez, com cinco alimentações diárias.
Neste ano, a casa acolheu 65 mulheres de vários municípios da região, vindas do Pará, Maranhão e da região do Bico do Papagaio. Elas vêm fazer a quimioterapia oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Araguaína. Fátima espera que o serviço de radioterapia também seja disponibilizado em 2019. Os encaminhamentos para receber o apoio da casa são realizados por meio do Hospital Regional.