Certificação de jovens de Araguaína e mais 22 municípios da região foi realizada no 2º ciclo de capacitação do Selo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
Por Flávio Martin - Foto: Marcos Filho Sandes/Ascom
Jovens de Araguaína e mais 22 municípios da região foram certificados para compor o Núcleo de Cidadania do Adolescente (Nuca), e agora serão agentes pela cidadania, saúde e educação dentro de suas comunidades. A certificação foi realizada durante o 2º Ciclo de Capacitação do Selo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que faz parte da 3ª edição do Selo, correspondente ao período 2017-2020.
A etapa foi cumprida na última quinta e sexta-feira, 9 e 10, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Além dos jovens, estiveram presentes os mobilizadores e coordenadores municipais do Selo, e representantes do UNICEF. Os temas abordados foram: “Água e Saneamento – produzindo impactos reais e positivos na vida de Crianças e Adolescentes”, nutrição, mobilização dos adolescentes, vacinação e Plataforma Crescendo Juntos.
Para o coordenador do Selo em Araguaína, Jhenmerson Rodrigues, o Nuca é uma promoção do protagonismo dos adolescentes. “Em Araguaína serão quatro núcleos, com 16 jovens cada. Eles serão responsáveis por levar o diálogo e conhecimento, principalmente a outros jovens da comunidade. Estes jovens foram escolhidos justamente por já serem protagonistas em suas comunidades. O que demos a eles foi o mecanismo para dinâmicas”.
Desde 2017, 87 municípios tocantinenses aderiram à 3ª edição do selo e foram divididos em dois polos, um deles é Araguaína, onde são realizadas as formações voltadas ao articulador municipal e ao mobilizador de adolescente. O primeiro ciclo de capacitação foi realizado nos dias 15 e 16 de março. Agora, os mobilizadores, coordenadores e jovens trabalham para organizar o 1º Fórum Comunitário, que será realizado ainda neste ano.
Jovens protagonistas
Ana Letícia Neres, 14 anos, tem voz ativa para falar da luta por igualdade de direitos, em Araguatins. Ela conta que o convívio com a mãe, que é pedagoga, a incentivou a ajudar a sociedade desde muito jovem. “Já participei de movimento sobre conscientização do racismo e quero fazer muito mais. Junto aos outros jovens, mostrar que a igualdade de direitos existe apenas no papel e devemos lutar pela verdadeira igualdade. Com voz e ações”.
A também protagonista Kállyta Gonçalves, 16 anos, é uma jovem acolhedora do Colégio Estadual Rui Barbosa, em Araguaína. Ela ajuda na adaptação de adolescentes que se mudam para o município, estimulando a solidez e a independência. “Não é preciso que um adulto peça algo, o jovem precisa ter iniciativa e sair da zona de conforto. Sabemos, por exemplo, que parte do público alvo não procura a vacinação. Devemos ser exemplo e cobrar essas pessoas a procurar a vacina”.
"Não é preciso que um adulto peça algo, o jovem precisa ter iniciativa e sair da zona de conforto", diz a protagonista Kállyta Gonçalves, 16 anos