No ano passado foram 465 atendimentos com intérpretes em diversos órgãos públicos e privados, além da capacitação de 120 pessoas em Libras; ampliação abrangerá equipes da Atenção Básica da Saúde
Por Mara Santos | Foto: Marcos Filho Sandes
A Central de Interpretação de Libras (CIL) de Araguaína pretende ampliar os serviços ofertados neste ano de 2019, aumentando a abrangência dos atendimentos e proporcionando mais inclusão às pessoas surdas ou com deficiências auditivas.
No ano passado, a CIL realizou 465 atendimentos de acompanhamento por intérprete de libras para ajudar na comunicação entre seus usuários e atendentes de órgãos públicos e privados, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT); Defensoria Pública; Hospital Dom Orione; Receita Federal; Unidade de Pronto Atendimento (UPA); unidades básicas de saúde e escolas das redes municipal e estadual.
Também em 2018, a CIL ofertou curso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) a 120 pessoas, entre servidores, estagiários e familiares de surdos e deficientes auditivos assistidos pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
Mais inclusão
A ampliação prevista para este ano será a oferta do curso de Libras às equipes da Atenção Básica da Saúde, reduzindo os obstáculos de comunicação no atendimento nesta área essencial.
O curso terá duração de quatro meses, com o ensino de sinais voltados especificamente para o atendimento em saúde. No mesmo período, os surdos e deficientes auditivos passarão por um curso de Alfabetização em Português e em Libras.
Trabalho reconhecido
O trabalho da CIL foi objeto de pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das acadêmicas de enfermagem Isadora Mantovani de Oliveira e Zaynne Rossana, do Centro Universitário ITPAC (Unitpac).
Com o tema “Comunicação como instrumento essencial: percepção dos deficientes auditivos e surdos quanto ao atendimento de Enfermagem nos serviços de saúde pública no município de Araguaína”, as acadêmicas contaram com tradução e interpretação da professora Edla Alencar e obtiveram nota 99 pelo trabalho.