A Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, segue reforçando e ampliando o atendimento às mulheres em situação de violência em Araguaína. Entre os serviços disponíveis está o acolhimento provisório a mulher em situação de agressão, por meio do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
“Infelizmente, é uma realidade nacional e apesar das campanhas educativas e outras ações realizadas, os casos de agressão às mulheres é uma realidade cotidiana. Mas, como Município, seguimos ampliando nossos serviços. Entre eles temos o que acolhe a mulher em situação de agressão, pelo o risco de voltar a convivência com o agressor, principalmente após ocorrer a violência”, explicou a diretora da Proteção Social Especial do Município, Jocélia Alves.
Abrigo temporário
O abrigo é temporário e para ter acesso é necessário a solicitação da vítima, por meio da Rede de Atenção e Proteção à Mulher do Município, que geralmente, se dá por meio da Polícia Civil, quando a vítima realiza o boletim de ocorrência.
“Temos uma equipe de plantão para atender aos chamados quando for necessário encaminhar alguma mulher para o nosso abrigo temporário. Reforçamos que somos uma rede que conta com a Assistência Social, a Delegacia da Mulher, Defensoria Pública e outros”, reforçou a diretora.
De acordo com dados da Secretaria da Assistência Social, em um ano, de abril de 2022 até abril deste ano, 7 mulheres vítimas de violência doméstica foram acolhidas no abrigo provisório, sendo uma delas vítima de cárcere privado.
Do atendimento
Ao ser solicitado, o CREAS realiza o acolhimento, a escuta qualificada e o encaminhamento da vítima para o abrigo transitório. “Ao realizar a escuta da vítima, buscamos identificar, junto com a mulher, a rede sociofamiliar e comunitária, ao qual ela se sinta segura. Caso não haja esse lugar familiar, a vítima é encaminhada para o abrigo”, explicou Jocélia Alves.
Tanto o deslocamento quanto a estadia no abrigo são benefícios eventuais garantidos pelo Decreto Municipal 113/22.
Outros serviços
Além do abrigo temporário, a equipe realiza também os encaminhamentos para a Rede de Saúde e de serviços socioassistenciais. São realizadas ainda ações de orientação sobre a relevância da comunicação às autoridades policiais, reforçando a liberdade de decisão da mulher, de modo que ela exerça o seu protagonismo enquanto sujeito social.
Como sinalizar a violência contra a mulher
Ao redor do mundo, alguns gestos simples e discretos são suficientes para denunciar uma situação de agressão ou abuso contra a mulher. Um deles é abrir a palma da mão, colocar o polegar abaixo dos outros dedos e fechar a mão, escondendo o polegar.
Outra opção é a Campanha Sinal Vermelho criada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que consiste em fazer um sinal vermelho na palma da mão e pedir ajuda em órgãos públicos, agências bancárias e farmácias, por exemplo.
Denúncias
Para fazer denúncias, a orientação principal é entrar em contato com a Polícia Militar no 190 e, em Araguaína, também há a opção de acionar a Guarda Municipal no 153. É indicado também formalizar a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, da Polícia Civil. E o Governo Federal criou a Central de Atendimento à Mulher no número 180, que registra e encaminha os casos aos órgãos competentes. (Por Adriana Santana - Foto: Marcos Sandes/Secom Araguaína)